Vale a pena investir com o Nubank, PicPay e afins? O que considerar nos apps de fintechs

Nos últimos anos, os aplicativos de fintechs como Nubank, PicPay, Inter e Mercado Pago deixaram de ser apenas soluções para facilitar o pagamento de contas e passaram a oferecer também produtos de investimento.

A proposta é clara: democratizar o acesso ao mercado financeiro com plataformas intuitivas, taxas competitivas e promessa de rentabilidade superior à da poupança. Mas será que vale a pena investir por meio dessas plataformas?

Para muitos brasileiros, o contato com essas fintechs tem sido, inclusive, o primeiro passo em direção ao universo das aplicações.

Assim como ocorre com o crescente interesse por ativos digitais, alguns desses apps já começam a incorporar uma introdução ao mercado de criptomoedas, permitindo ao investidor diversificar seus aportes com poucos cliques e valores mínimos.

A seguir, entenda o que considerar antes de investir seu dinheiro por meio de apps de fintechs e veja se eles são, de fato, uma boa escolha para o seu perfil.

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O que são as fintechs e como funcionam os investimentos nos apps?

Fintechs são startups ou empresas do setor financeiro que utilizam tecnologia para oferecer serviços inovadores e acessíveis.

Ao invés de agências físicas, burocracia e linguagem complexa, elas apostam em aplicativos intuitivos, atendimento digital e soluções descomplicadas.

Nos apps de fintechs, os investimentos geralmente são oferecidos em parceria com instituições reguladas. Por exemplo, o Nubank oferece CDBs emitidos pelo Nu Financeira e fundos de investimento em parceria com gestoras renomadas.

O PicPay, por sua vez, atua como plataforma que distribui produtos de parceiros como a Órama e BTG Pactual.

As opções costumam abranger:

  • Renda fixa (como CDBs e Tesouro Direto)
  • Fundos de investimento
  • Fundos imobiliários (FIIs)
  • Criptomoedas e outros ativos digitais (em alguns casos)
  • Ações e ETFs (quando vinculadas a corretoras)

Vantagens de investir com apps como Nubank e PicPay

1. Acessibilidade
Um dos principais diferenciais das fintechs é a facilidade para começar a investir. Com poucos reais, o usuário já consegue aplicar em produtos que antes exigiam valores altos e intermediação de uma corretora.

2. Interface amigável
Para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos, a linguagem simples e o visual intuitivo são um alívio. Muitos aplicativos explicam o funcionamento de cada produto e facilitam a comparação entre opções.

3. Investimentos automáticos e programados
Vários apps permitem configurar aportes mensais automáticos, contribuindo para a criação de disciplina financeira e construção de patrimônio a longo prazo.

4. Isenção de taxas em muitos casos
Diferente de algumas corretoras tradicionais, as fintechs costumam isentar o investidor de taxas de custódia ou administração em produtos selecionados.

Desvantagens e cuidados ao investir por fintechs

1. Menor variedade de produtos
Embora seja possível investir com poucos cliques, a oferta costuma ser limitada. Para investidores mais experientes, que buscam diversificação ampla ou acesso a produtos como debêntures, COEs e ações internacionais, as fintechs podem não atender completamente.

2. Rentabilidade e prazos podem enganar
Algumas ofertas destacam "rendimento de 100% do CDI", mas sem mencionar prazos de carência, liquidez ou riscos associados. É essencial ler as informações completas antes de investir.

3. Custódia e regulação
Mesmo que o aplicativo seja de uma fintech, os investimentos são custodiados por instituições reguladas pelo Banco Central ou pela CVM. É importante verificar se o investimento conta com proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) no caso de produtos de renda fixa.

4. Influência de marketing e notificações
O marketing das fintechs é persuasivo. Notificações que estimulam o investidor a movimentar o dinheiro frequentemente podem atrapalhar quem precisa de uma estratégia sólida de longo prazo.

O papel da educação financeira nas fintechs

É notável o esforço de algumas plataformas em oferecer conteúdo educativo, o que é positivo. No entanto, muitos usuários ainda entram nos investimentos sem entender os riscos e acabam frustrados com a variação de rendimento ou a falta de liquidez.

O ideal é que o usuário veja o app como um canal de acesso, mas continue buscando informações, aprendendo sobre seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Fintechs são suficientes ou vale ter conta em corretora?

Se o objetivo é investir de maneira prática, com aportes mensais em renda fixa ou fundos básicos, os apps de fintechs podem atender bem. No entanto, quem busca maior controle, variedade de ativos, simulações avançadas e estratégias mais complexas deve considerar uma corretora tradicional.

Muitas corretoras, inclusive, já contam com apps modernos que rivalizam em usabilidade com os das fintechs.

Criptomoedas e inovação nos apps financeiros

Algumas fintechs já permitem a compra e venda de criptomoedas diretamente no app, como é o caso do Mercado Pago e do Nubank.

Essa inovação representa um avanço na inclusão financeira e pode servir como introdução ao mercado de criptomoedas para quem deseja diversificar além da renda fixa.

No entanto, a exposição a ativos digitais exige estudo. Criptomoedas são voláteis e não possuem proteção de garantidores como o FGC. Investir nesses ativos exige preparo emocional e entendimento do cenário de riscos e oportunidades.

Vale a pena investir via fintech?

Sim, investir com Nubank, PicPay, Inter e outras fintechs pode ser uma boa porta de entrada para quem quer dar os primeiros passos de forma simples, rápida e sem burocracia.

Os apps cumprem o papel de democratizar o acesso e, muitas vezes, entregam rentabilidade competitiva para perfis conservadores e iniciantes.

Porém, não basta confiar apenas na praticidade. O investidor deve buscar conhecimento, comparar as opções disponíveis e, quando necessário, recorrer a plataformas mais completas. A chave é saber que o app é uma ferramenta, mas a estratégia é você quem constrói.

Antes de qualquer decisão, avalie seu perfil, seus objetivos e leia atentamente as condições de cada produto. Com isso em mente, o mundo dos investimentos pode, sim, estar na palma da sua mão.

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